
Não queria muito. Talvez um punhado daquela calmaria bonita que minimiza a dor do cansaço. Desistir de tudo o tempo todo esfola, afoga todos os bons verbos, todos os bons ventos.
Hoje eu não quero tanto, só alguém pra calar todos os meus desânimos.
É que quando a nossa palavra percorre um caminho tão distante, eu fico assim, cheia de vazios habituais. Meus predicados não comovem, dormem. Meus silêncios amanhecem pontuais.
E talvez, hoje, eu queira voz.
Autor(a): Priscila Rôde
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